domingo, 8 de setembro de 2013

POR QUE ESPERAMOS QUE NOS CONCEDAM AQUILO QUE JÁ É NOSSO?


Nossas limitações nos cegam.
Estamos tão habituados a seguir regras, trilhar caminhos traçados por outros e a seguir padrões que ficamos esperando que nos concedam aquilo que já é nosso. 
Ser livre é ter posicionamento, é poder optar, fazer escolhas e até errar.
As regras sociais existem, mas a reflexão aqui sugerida é mais ampla e profunda, um diálogo interno que seja capaz de avaliar que até para ser livre esperamos do outro ou de algo a concessão daquilo que já nos pertence.
Olhar em nosso entorno e entender que nossa construção independe dos fatores sociais. Internamente podemos e devemos exercitar nossa ampla capacidade de discernimento, de liberdade e como isso irá interagir com o mundo externo é outra história, que nos exigirá posicionamentos, mas que sejam feitos de forma consciente.
Viver livremente é um direito nosso e somente dessa forma saberemos o que realmente nos interessa nessa vida.

Não cabe a ninguém determinar caminhos ou escolhas ao outro, isso só acontece quando não exercemos nosso direito de sermos livres e estabelecermos internamente nossas próprias regras. 

domingo, 6 de janeiro de 2013

O CUSTO HUMANO X NOSSOS "QUERIDINHOS" TECNOLÓGICOS


Um entrevistado em um programa de TV me fez refletir sobre o custo humano que envolve a produção dos nossos “queridinhos tecnológicos” (iPhone, iPad, etc). Trabalho escravo, baixíssima remuneração, exploração de menores, entre outras atrocidades. Por um lado festejamos a tecnologia, o avanço e o desenvolvimento da humanidade. 

Mas que evolução é essa?

A evolução da ganância, do poder econômico, da exploração de mão de obra, enquanto nos divertimos com nossa vida facilitada com todos esses recursos tecnológicos, milhões de seres humanos são submetidos à humilhação e a degradação. Sou um de nós, “ignorantes” e “alienados” que utilizam e festejam a tecnologia.

O quanto somos ingênuos? Ou preferimos ignorar?

Nas redes sociais falamos de cultura, de como portar-se adequadamente, de ser educado, culto, mas, no entanto somos usados, manipulados e não estamos nem ai para nossos semelhantes. Quando paramos para refletir com profundidade, entendemos que infelizmente somos invólucros de merda pensantes, pensamos no que nos interessa, no que nos beneficia. Publicamos frases espirituais, filosóficas, pregamos religiões e poemas, verdadeiros patéticos.

Não sou contra a tecnologia, sou contra nossa superficialidade, o quanto somos rasos e manipuláveis. 

Deixo abaixo duas reportagens que tratam do assunto, existem várias. Espero que leiam, o link e a fonte estão logo abaixo dos dois trechos.  

Como a Foxconn fabrica iPads e iPhones no Brasil
Segredos e crises com funcionários são marcas da Foxconn em todo o mundo. Em Jundiaí não foi diferente, pelo menos no início da operação. “Houve falta de água, alimentação deficiente e transporte insatisfatório”, diz o sindicalista Evandro Santos. Apesar das queixas dos trabalhadores, os quase 3 mil empregos gerados, com salário médio de 1150 reais, são, até agora, a única parte palpável do festejado acordo fechado em Pequim, no ano de 2011, entre a presidente Dilma Rousseff e Terry Goe, o fundador da Foxconn.
Único porta-voz da empresa, que criou nos anos 80, em Taiwan, Goe tornou-se conhecido no mundo todo, em 2009, quando a Foxconn foi acusada de exploração dos operários na China, que resultou em 16 suicídios de trabalhadores. Em meio à crise, Goe decidiu que era hora de falar. Mas nas poucas entrevistas que concedeu, em nada contribuiu para melhorar a imagem de sua empresa. Goe já comparou a força de trabalho da Foxconn a “1 milhão de animais”, que lhe causam “dores de cabeça”. Sobrou até para os trabalhadores da empresa no Brasil, uma turma que “ganha muito e trabalha pouco”.

Taipé - O Foxconn Technology Group, maior fabricante mundial terceirizado de equipamento eletrônico, admitiu que utilizou adolescentes a partir dos 14 anos para trabalhar em uma de suas fábricas na China, violando as leis nacionais, em um caso que desperta novas dúvidas sobre o programa de alunos estagiários

domingo, 18 de novembro de 2012

TRANSMUTAÇÃO AGRIDOCE



De volta!
Da vontade de viver que consome
trago tudo e me esvazio.
Perdido no confronto entre a falsa lucidez
e a genuína insanidade, me canso.
Batalha que sufoca, agride e deprime.
Cambaleio, desvio e me perco.
Acho, talvez...
Acho-me, me vejo.
Da ressaca, reflexões.
Transmutação agridoce.
Meus EUS digladiam-se.
Quem ou o que sobreviverá?

Alexandre Malosti